Investir: sorte ou técnica?

É verdade que muita gente ainda diz que investir em Bolsa de Valores requer uma boa dose de sorte. Discordo de quem assim pensa. Acredito muito na análise técnica para orientação em quando entrar ou sair do mercado de ações. Evidentemente é preciso ter uma boa ferramenta que ajude a análise e a tomada de decisão. Nos dias de hoje, aas ferramentas disponíveis permitem que, após algum tempo de estudo das mesmas e observações de comportamento do mercado de ações, se consiga bons resultados.

É lógico que um programa para computador não apresenta resultados 100% corretos. existem falhas. Mas a observação ao longo do tempo permite, com certeza, que as deficiências tenham influências minimizadas ou praticamente eliminadas.
As ferramentas de que dispomos tais como o MetaStock, os programas da Apligraf e tantos outros disponíveis, permitem aos investidores sucesso em suas aplicações em Bolsa de Valores, na maioria dos casos. Precisamos ter paciência, tempo de estudo e os ganhos aparecem.
A análise técnica proporciona ao investidor a possibilidade de identificar tendências de mercado, permitindo assim que os resultados sejam mais confiáveis.
Quem trabalha com a análise técnica, ou gráfica, sabe muito bem que ela está fundamentada em algumas premissas básicas decorrentes dos estudos sobre comportamento do mercado ao longo do tempo. Em primeiro lugar, devemos considerar para nossos investimentos, que o mercado desconta tudo. Mas o que significa isso? O fundamento está em que, qualquer expectativa que o mercado tenha sobre um determinado papel, ou sobre a conjuntura econômica será descontado no preço das ações, seja por fatos ou notícias, seja a expectativa positiva ou negativa. assim, se uma notícia dá conta de que a empresa tal oferecerá um dividendo por suas ações, os preços irão incorporar este dividendo, para descontá-lo quando do efetivo pagamento.
Outro ponto importante é que os preços se movem em tendências, que são facilmente identificadas por meio da análise dos gráficos das ações. É uma boa orientação. Temos que ficar atentos para mudanças de tendência, pois não há tendência que sempre dure!
A última observação vem do fato de que os estudos têm mostrado que a história tende a se repetir, evidenciando ciclos nos mercados. Assim a compreensão das tendências futuras passa a ter uma forte ligação com acontecimentos passados.
Ilustrando, com a figura mostrada ao lado, vejam o caso das ações do Submarino (SUBA3). Por volta de julho de 2006, falava-se em uma possível fusão do Submarino com a Americanas.com (notícia). O gráfico na figura mostra que a ação ensaiou um processo de alta, mas como as condições da fusão ainda não estavam bem entendidas pelo mercado, a ação apresentou uma certa alta, depois caiu um pouco, pois os rumores continuavam, mas sem definição, o que só veio a ocorrer em final de outubro, quando então a ação iniciou uma forte alta. Quando em meados de novembro as condições da fusão ficaram claras, incluindo dividendos em épocas diferentes, a ação disparou, levando sua cotação à casa dos R$ 74,00 - fatos (notemos que os preços constantes da figura já apresentam os descontos dos dividendos pagos em 2006 e a pagar em 30/01/2007). Assim, as ações apresentaram valorização compatíveis com as notícias e com os fatos ocorridos. A análise gráfica indicou com bastante precisão todos os movimentos e tendências da negociação.
Muitos podem dizer que depois do fato ocorrido, é fácil apontar o que aconteceu. Tanto não é assim, que o gráfico traduziu exatamente o que estava por acontecer e o que aconteceu. Quem acompanhou, se deu bem!